As IV Jornadas Internacionais José Saramago da Universidade de Vigo: Saramago e os desafios do nosso tempo, organizada pola I Cátedra Internacional José Saramago (UVigo), realizaranse na Casa das Campás da Vicerreitoría do Campus de Pontevedra entre o 2 e o 4 de decembro.
Deseguido, dispoñemos a súa Presentación oficial:
As “IV Jornadas Internacionais José Saramago da Universidade de Vigo — Saramago e os desafios do nosso tempo” darão continuidade às numerosas atividades académicas, culturais e de divulgação que a I Cátedra Internacional José Saramago da Universidade de Vigo (CJS) tem vindo a desenvolver desde a sua fundação, em 2015. Nesta quarta edição, que se realizará entre os dias 2 e 4 de dezembro, novamente na Casa das Campás da Vice-Reitoria do Campus de Pontevedra, as Jornadas centrar-se-ão em duas linhas temáticas principais:
- A criação de uma Rede Internacional de Cátedras Galego-Lusófonas (RICaGaL), promovida pela CJS, a qual congrega as seis cátedras Saramago existentes a nível mundial, juntamente com outras quatro cátedras do Camões, I.P., um instituto de investigação da Galiza, uma rede e três associações culturais galego-portuguesas com atividades transfronteiriças. A presença das e dos responsáveis destas entidades permitirá a organização de quatro mesas-redondas nas quais se apresentarão as trajetórias e os trabalhos destas entidades, se reforçará a sua visibilidade, se intensificarão as relações e a colaboração internacional e se facilitará a realização de projetos interdisciplinares comuns.
- “Saramago e os desafios do nosso tempo”. A obra e o pensamento de José Saramago sempre acompanharam os acontecimentos e as problemáticas do nosso tempo. Começando com os conflitos sociais, económicos, políticos e ecológicos da nossa contemporaneidade, até aos aspetos mais concretos como a migração ou as ideologias neoliberal, especista, sexista, homófoba, xenófoba, etc., a obra saramaguiana e o ativismo do seu autor oferecem diferentes respostas a estes desafios. As mesas-redondas e as comunicações analisarão e debaterão diferentes aspetos da obra ou do pensamento de José Saramago que possam ser relacionados com os seguintes âmbitos temáticos:
- Literatura e arte como meios didáticos, de intervenção ou de ativismo.
- Natureza e meio ambiente, especialmente as alterações climáticas.
- Política e economia na atualidade.
- Convergência e/ou barreiras nas relações culturais galego-lusófonas.
- Ética, igualdade e justiça social, especialmente no contexto da “Carta universal de deveres e obrigações dos seres humanos”.
- Educação e ensino.
Como já tem sido habitual, participarão ativamente nestas Jornadas docentes e estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação, da Faculdade de Belas Artes e da Faculdade de Filologia e Tradução, entre outras faculdades da Universidade de Vigo. Também colaborarão connosco alunas e alunos de língua portuguesa do ensino secundário galego.
José Saramago deixou-nos um legado intelectual e literário que convoca domínios tão diferentes, mas complementares, como a política, a economia, a ciência, a religião e a literatura. A universalidade das ideias, das ações e das palavras de Saramago serão tão mais universais quanto mais as fizermos ecoar e atuar no nosso mundo. Não basta dizer que a arte e, em particular, a literatura podem contribuir para a defesa da liberdade, da igualdade, dos direitos humanos e do meio ambiente. Os grandes problemas do nosso tempo são também as grandes questões da (grande) literatura e da (grande) arte contemporâneas, que, de diferentes modos, se propõem (re)desenhar novos ou renovados paradigmas para o ser humano, dentro da (des)ordem da natureza e do ambiente.
Por isso, o mote destas IV Jornadas continua a ser aquele que nos tem vindo a inspirar desde a primeira edição:
“O ser humano não deve contentar-se com o papel do observador. Tem responsabilidade perante o mundo, tem de actuar, intervir”
(José Saramago, 1987)
Do seguinte xeito recolle o DUVI o evento, encadrando as súas dúas liñas temáticas principais baixo subtítulos diferentes:
Investigadores e investigadoras de España, Portugal, Alemaña, Arxentina, Brasil, Israel, Italia, México e Portugal porán en relación a obra e o pensamento de José Saramago cos “desafíos do noso tempo”, na cuarta edición das xornadas internacionais da cátedra que a Universidade de Vigo dedica ao escritor portugués. Entre o vindeiro luns 2 de decembro e o mércores 4, a Vicerreitoría do campus será a sede das IV Xornadas Internacionais da Cátedra José Saramago (CJS), que porán o foco no labor do Nobel portugués “como activista político, como defensor incansable dos dereitos humanos, do ecoloxismo, da igualdade dos xéneros, das culturas minorizadas…”, segundo explica o director da cátedra, o profesor Burghard Baltrusch. Este evento servirá así mesmo de escenario para a presentación de Ricagal, a Rede Internacional de Cátedra Galego-Lusófonas que, baixo a coordinación da CJS, reúne as seis cátedras Saramago existentes no mundo, xunto con catro cátedras do Instituto Camões, dous grupos de investigación e outra serie de entidades.
Promovidas coa colaboración da Vicerreitoría do campus e baixo o título de Saramago e os desafíos do noso tempo, estas xornadas contarán coas intervencións de 26 investigadores de oito países nas súas catro mesas de debate e catro sesións de presentación de comunicacións. Nese senso, entre os obxectivos das xornadas figura analizar, desde unha perspectiva multidisciplinar, como a obra de Saramago pode contribuír “en termos filosóficos, políticos, estéticos, poéticos e de recepción” á abordaxe de diferentes problemáticas sociais, poñendo en relación a súa obra e pensamento coa ecoloxía, coa “ética económica, a relación entre utopía e distopía ou o machismo e as relacións de poder”, así como abordar o propio “lugar de Saramago na historia das ideas”, sinalan os seus responsables.
O lanzamento dunha rede internacional
A apertura das xornadas suporá tamén o lanzamento de Ricagal, rede que reúne as cátedras Saramago das universidades de Vigo, Granada, Autónoma de Barcelona, Università degli studi Roma Tre, Autónoma de México e a Nacional de Córdoba (Arxentina). Da rede formarán parte tamén as cátedras Mário Cesariny, da Universitat de les Illes Balears; Solange Parvaux, da Université Sorbonne Nouvelle París 3; Sophia de Mello Breyner Andersen, da Universidade Católica Portuguesa do Porto, e Fernando Pessoa, da Universidad de los Andes. Completan Ricagal o Center for Portuguese Studies da University of California, o grupo de investigación EHum3M da Universidade do Minho; o grupo de estudos sobre o romance da Universidade Federal Rural do Semi-Árido brasileira, a rede da GaliLusofonía, o Instituto Galego de Análise e Documentación Internacional (Igadi) e a asociación cultural e pedagóxica Ponte…nas Ondas! Todas elas, entidades “internacionais e con actividades transfronteirizas”, lembra Baltrusch, que sinala que varios dos e as súas responsables serán tamén protagonistas das diferentes mesas.
Concretamente, na xornada do luns, o evento acollerá unha primeira mesa de debate coa participación do director da Fundação José Saramago, Sérgio Letria, e os responsables das cátedras Saramago da Autonóma de México, Susana González, e Autónoma de Barcelona, Jordi Cerdá. Esta primeira xornada, que abrirá unha conferencia do escritor e activista Grian A. Cutanda, representante en España do movemento internacional Extinction Rebellion, completarase cunha mesa sobre o papel de Galicia no mundo lusófono, coas intervencións de Gonzalo Constenla, da Rede de GaliLusofonía; Daniel González Palau, director do Igadi, e Santiago Veloso, de Ponte… nas Ondas! Xa o martes, terá lugar unha mesa sobre filosofía e política en Saramago, na que intervirán Miguel Koleff, da cátedra Saramago de Córdoba; Egídia Souto, da Cátedra Solange Parvaux; Lourdes Pereira, da Cátedra Mário Cesariny, e Orlando Grossegesse, do grupo EHum2M. Ese mesmo día, unha cuarta mesa proporá novas lecturas da obra deste escritor, da man de Giorgio de Marchis, da cátedra Saramago de Roma; e José Rui Teixeira, da Cátedra Sophia de Mello Breyner Andersen.
Teatro e curtametraxes
O programa das xornadas compleméntase, por outra banda, coa representación teatral, o luns ás 20.00 horas no IES Valle-Inclán, de 3991: paisaxe sen horizonte, un espectáculo creado por Vanesa Sotelo e Davide González e interpretado polo grupo EuExperimento, que ten como punto de partida o libro O ano de 1993. Ao día seguinte, a Vicerreitoría acollerá, ás 11.00 horas, a estrea das curtas A Desforra e O Embargo, realizadas, a partir dos contos homónimos de Saramago, por alumnado da Facultade de Belas Artes.